Que eu possa sentir no desabrochar de uma flor um grande abraço no Universo
Que eu possa saborear o encanto da criação, da trajetória das cinzas das estrelas a organismos maravilhosos.
Que eu possa experimentar uma imensa euforia por fazer parte deste maravilhoso Planeta.
Que eu nunca fique tentado a cercar os espaços que são de todos e respeite os territórios das outras espécies.
Nas intersecções, que haja equilíbrio sempre que possível.
Que eu possa enxergar a harmonia dos seres, coexistindo e evoluindo de acordo com as mudanças impostas pelo ritmo do Universo.
Que eu possa criar um vínculo estreito e coexistir pacificamente com os outros animais da Terra.
Que eu sempre plante uma árvore para cada uma caída ou queimada.
Que eu possa evoluir culturalmente
E abandonar os chavões: eu sempre fiz isso ou aquilo; isso é cultura de meu povo ou jamais vou mudar.
Que eu possa coexistir, com as outras espécies deste Planeta, embora as relações estejam baseadas em uma cadeia trófica de dupla face: a da vida e a da morte.
Que eu possa fazer parte do despertar de uma nova era, consciente da importância de cada atitude para com o ser humano e para com os outros habitantes deste Planeta.
Que eu seja aquele organismo que evoluiu para o Homo sapiens dos tempos modernos e que sabe que é indivíduo mas vive para a sociedade.
Que eu seja a voz de um grito que quer ser ouvido nas mais longínquas estrelas, pedindo socorro pelo Planeta Terra.
Que eu possa olhar pela janela e sentir que vale a pena fazer parte desta maravilha que é o Planeta Terra.

E
Que eu nunca desista do ser humano
Nem de toda a vida presente no Planeta Terra
Porque este é o meu céu.
Esta é a minha Terra

José Cláudio Höfling